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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sua Voz, Nossa Escolha


Capítulo de um livro que estou lendo... Ouvindo Deus na tormenta, de Max Lucado




        O bom piloto faz de tudo para levar os passageiros para casa. Vi um bom exemplo disso quando voava sobre o Missouri. A comissária de bordo nos disse para ficarmos sentados por causa de uma iminente turbulência. Era um vôo barulhento e o pessoal não obedeceu logo, de modo que ela voltou a nos avisar: "O vôo vai ficar turbulento. Para sua própria segurança, tomem seus lugares".
        A maioria obedeceu. Mas alguns não. Então ela mudou o tom: "Senhoras e senhores, para o seu próprio bem, tomem seus lugares".
        Pensei que todos estavam sentados. Mas, ao que parece, eu estava errado, pois a próxima voz que ouvimos foi a do piloto. "Este é o Capitão Brown", avisou ele. "Há pessoas que se machucam indo ao sanitário em vez de ficarem em seus lugares. Vamos deixar bem claras as nossas responsabilidades. Meu trabalho é passar pela tempestade. O dos senhores é fazer o que eu mando. Agora, sentem-se e apertem os cintos!"
        Naquele momento abriu-se a porta do banheiro, um sujeito de rosto vermelho e sorriso amarelo saiu de lá e sentou-se na poltrona.
        Será que o piloto errou? O piloto foi insensível ou insensato? Não, pelo contrário. Ele preferiu ver o homem seguro e envergonhado a vê-lo desenformado e ferido.
        Bons pilotos fazem de tudo para levar os passageiros para casa.
        É o que Deus faz. Eis uma pergunta crucial. Até onde você quer que Deus chegue só para captar sua atenção? Se Deus precisar escolher entre sua segurança eterna e seu conforto terreno, o que você espera que ele escolha? Não responda muito depressa. Pense um pouco.
        Se Deus o visse em pé quando devia estar sentado, se Deus o visse em perigo e não em segurança, até onde você gostaria que Deus chegasse só para captar sua atenção?
        E se Deus o mudasse para outra terra? (Como fez com Abraão.) E se ele cancelasse sua aposentadoria? (Lembra-se de Moisés?) Que tal a voz de um anjo ou o ventre de um peixe? (À la Gideão e Jonas) Que tal uma promoção (como a de Daniel) ou um rebaixamento (como o de Sansão)?
        Deus faz de tudo para captar sua atenção. Não é essa a mensagem da Bíblia? A incansável perseguição de Deus. Deus caçando. Deus buscando. Deus se enviando embaixo da cama à cata de crianças escondidas, Deus vasculhando as moitas atrás de ovelhas perdidas. Buscando, dominando, puxando-nos de volta para ele, vezes e vezes sem conta. Fazendo um cone com as mãos em torno da boca para gritar precipício adentro. Lutando contra nós, Jacós, nos Jaboques lamacentos da vida.
        Apesar de todas as suas peculiaridades e singularidades, a Bíblia possui uma história simples. Deus fez o homem. O homem rejeitou a Deus. Deus não vai desistir até reconquistá-lo. De Moisés em Moabe, a João em Patmos, ouve-se a voz: "Eu sou o piloto. Vocês são os passageiros. Meu trabalho é levá-los para casa, O de vocês é fazer o que eu mando."
        Deus é tão criativo quanto incansável. A mesma mão que enviou o maná para Israel levou Uzá à morte. A mesma mão que libertou os filhos de Israel levou-os cativos à Babilônia. Gentil e também firme. Terno e inflexível. Confiantemente firme. Pacientemente apressado. Ansiosamente tolerante. Gritando mansamente. Trovejando suavemente.

    Um suave trovão!

        É assim que João viu Jesus. O Evangelho de João possui dois temas: a voz de Deus e a escolha do homem.
        Jesus disse: "Eu sou o pão da vida. Eu sou a ressurreição e a vida. Eu sou a luz do mundo. Eu sou a porta. Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Virei outra vez e vos levarei para mim mesmo".
        Jesus proclamando – até oferecendo, mas nunca forçando:
        Postado ao lado do paralítico: "Queres ficar são?" (Jo 5.6)
        Olho no olho com o cego, agora curado: "Crês tu no Filho de Deus?" (Jo 9.35)
        Junto ao túmulo de Lázaro, provando o coração de Maria: "Todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?" (Jo 11.26)
        Testando os motivos de Pilatos: "Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim?" (Jo 18.34)
        Na primeira vez que João escuta Jesus falar, ouve uma pergunta: "Que buscais?" (Jo 1.38).            Entre as últimas palavras de Jesus há ainda outra: "Amas-me?" (Jo 21.17).
        É desse Jesus que João se lembra. As perguntas honestas. As exigências trovejantes. O toque suave. Nunca chega sem ser convidado, mas, uma vez convidado, nunca pára antes de terminar, antes que se faça uma escolha.
        Deus vai sussurrar. Ele vai gritar. Ele vai tocar e puxar. Ele vai tomar nossas cargas, vai até, tomar nossas bênçãos. Se houver mil degraus entre Ele e nós, ele vai tirar todos, exceto um. Vai deixar o último para nós. A escolha é nossa.
        Por favor, entenda. O alvo dele não é deixar você feliz. O alvo dele é fazer com que você seja dele. O alvo dele não é você conseguir fazer o que quer, é levá-lo para onde deve ir. E se isso significa um ou dois trancos para colocá-lo em seu lugar, que venham os trancos. Os desconfortos terrenos são uma bagatela se o troco é a paz celestial. Jesus disse: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo. 16.33).
        Como Jesus conseguia falar com tanta autoridade? Que lhe dava o direito de assumir o comando? Simples. Jesus, assim como o piloto, sabe coisas que não sabemos e consegue ver o que não conseguimos.
Que sabia o piloto? Sabia pilotar o avião.
Que via o piloto? Nuvens tempestuosas à frente.
Que sabe Deus? Ele sabe pilotar a história.
Que vê Deus? Acho que você entendeu a mensagem.
Deus quer que você volte para casa seguro.


Simplesmente pense que Ele é o piloto. Pense que você é o passageiro. Veja a Bíblia como um plano de viagem – e pense duas vezes antes de se levantar para ir ao banheiro.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Príncipes existem...

Vou ensinar a Dudinha que príncipes encantados existem sim, mas não como nos livros e contos de fadas.

O verdadeiro príncipe encantado, na maioria das vezes, não tem um cavalo ou até mesmo um carro, mas isso não importa, ele vai até a sua casa a pé, só pra ver você. O príncipe encantado não precisa ter as melhores roupas ou roupas de gala pra ser um príncipe. Ele tem que tratar uma garota bem, com respeito, sem magoá-la. Vou ensinar a minha filha, que o príncipe deve ser gentil e tratá-la com carinho. Que o verdadeiro príncipe é fiel, não trai, não machuca o coração da princesa. 


Direi a ela, porém, que encontrar um príncipe é muito difícil,mas não é IMPOSSÍVEL!

E se ela perguntar se já conheci um príncipe, terei a felicidade de dizer que sim, e que ela pode ter orgulho em chamar o meu príncipe de PAI. Carlos Eduardo Carvalho te amo!